Quando me tornei cirurgião plástico, foi um momento de grande realização, pois o Brasil é mundialmente reconhecido pela excelência nessa especialidade médica. Ou seja: há muitos profissionais qualificados em todos os estados brasileiros e, quando sou escolhido por um(a) paciente, significa que estou fazendo um trabalho à altura deste reconhecimento.
Submeter-se a uma cirurgia plástica é um momento importantíssimo na vida de alguém. Salvo raras exceções, a decisão por procurar um profissional é muito bem pensada e leva tempo para ser construída. Este é um dos motivos pelos quais valorizo muito a chegada de um(a) paciente em meu consultório, pois é um momento de criação de vínculo, de confiança – o(a) paciente entrega seus desejos, seus problemas estéticos para que eu possa resolvê-los. E tudo acontece muito rápido: do momento em que nos apresentamos até a mesa cirúrgica, algumas vezes, passam apenas alguns dias.
Por isso, a importância deste momento inicial: a consulta médica. Ela não se restringe à identificação daquilo que gera incômodo ao paciente, à análise das particularidades anatômicas e às alternativas terapêuticas disponíveis, ela vai além. Me aprofundo na sua rotina, nos seus gostos pessoais, planos futuros, expectativas e motivações para estar ali, diante de mim.
Quando optei por ser médico, meu desejo era cuidar de pessoas no sentido mais amplo da palavra. Por isso busco aprimoramento contínuo e a sensação de plenitude ao ver a felicidade nos olhos do(a) paciente que atingiu, e muitas vezes superou, aquilo que queria ao me escolher como seu cirurgião.
A busca pela resolução de um problema desperta em mim o início de um processo que, ao longo de sua execução, utilizará todos os recursos possíveis envolvidos na arte de cuidar daquela pessoa que está ali, aguardando por um resultado que poderá mudar a sua vida.
Cada consulta é o embrião de uma nova história que traz consigo a renovação desse ciclo e a oportunidade de mudar alguma coisa em alguém. É a chance de construir elos verdadeiros com quem me dá a oportunidade de participar de suas vidas.